Don Det island 

                                                                                                                                             20 Julho 2013
À saída do barco deparamo-nos com um uma rua enlameada que parecia ser a principal, pois de um lado ao outro encontramos mini-mercados, lojas que parecem ser agências de turismo, restaurantes, guesthouses ou tudo num só estabelecimento! 
Depois de muita procura e comparação: bungalow com 2 camas, ventoinha e wc por 30,000kips (cerca de 3€)... Done!
O primeiro reggae bar até então visto serve para um belo almoço e momento de descontracção, ao som de boa música, nas camas de rede com vista para o Mekong e tantas outras ilhas...
Pela tarde alugamos uma bicicleta, disponível em qualquer guesthouse, para visitar um pouco de Don Det e tentarmos visitar a ilha mais próxima, Don Khone. A rua principal estende-se por mais uma série de guesthouses até chegarmos a um descampado de campos de arroz e verde, verde, ah, e búfalos... e heis que chegamos à ponte! No entanto descobrimos que teríamos de pagar 25,000kips. O quê?? o preço de uma noite?! nãaa, volta para trás. Há mais para descobrir por Don Det...além de que se começa a sentir a brisa de tempestade a chegar...
No passeio de regresso, junto ao rio, por entre coqueiros, palmeiras e casas típicas, a brisa desaparece e fica só a tempestade. Vento e chuva que nos obrigam  refugiar num pequeno café em cima do rio, por 2h... Mais um momento de contemplação e descontracção dos humores da natureza.
 

                                                                                             Pakse

                                                                                                                        18 a 20 de Junho 2013

Heis que surgem as férias e o plano de visitar Si Phan Don, que significa 4000 ilhas, no sul do Laos, junto à fronteira com o Cambodja.

Um percurso eleito por muitos Falang para atravessarem de forma tranquila a fronteira entre o Laos e o Cambodja, pois o ambiente no Sul não podia ser mais chilled out.

Tudo a postos e surge a Grace e o Santiago como comparsas para a viagem… 

O Santiago que tudo quer comer; a Grace, que, como vegetariana e margi*, tem as suas restrições; eu que por vezes me armo em pespineta e sou obsessiva por querer tudo do mais barato e do melhor; e o Henrique, que tenta gerir os humores, mas que por vezes não controla o seu e lhe resta pouca paciência…

Como lá chegar? A partir da Southern Station, apanhamos o sleeping bus, a forma de viajar que une o conforto ao económico para percorrer grandes distâncias, em direcção a Pakse – capital da província de Champasak. Depois de uma viagem de 10 horas, 6 das quais foi possível dormir, chegamos ao destino, que serve de paragem a muitos turistas que querem visitar o Boulaven Plateau, ou para apanhar um autocarro ou mini-van para Si Phan Don, como nós.

Mas antes de seguirmos, aproveitamos um dia e uma noite por Pakse.

Aquando a nossa chegada, pelas 7h, toda a cidade parecia adormecida, à excepção dos túk-túk que não perdem uma oportunidade…

Por Laos os passeios acabam sempre por andar à volta de comida, especialmente se temos o Santiago como companhia, e Pakse não foi excepção!

Durante o passeio pedonal de exploração, descobrimos os típicos mercados com legumes e fruta fresca à venda, diversas bancas a vender todo o tipo de carne grelhada e arroz enrolado em folha de bananeira grelhada, sopa de noodles, venda de fruit shakes, milho cozido and so on…

O pequeno-almoço passou-se num indiano, o almoço num restaurante Vietnamita onde nos deliciámos com um forma de confeção diferente e saborosa, pela tarde podemos experimentar uns caracóis do rio que nos amavelmente foram oferecidos depois do nosso indiscreto olhar curioso. O aroma laosiano entranha-se assim que os experimentamos…são uma delícia! Pela noite o jantar trouxe sabores laosianos numa extensa ementa de opções mas que no fundo se traduz quase unicamente em duas formas de pratos: arroz frito ou sopa de noodles! Onde se pode aplicar a frase mais ouvida no Laos: “Same Same, but Different!” Para finalizar um gelado numa gelataria estilo futurista que mais parecia ter sido retirada de um episódio dos Jetsons! 

No dia seguinte rumámos a Si Phan Don, mais especificamente para a ilha de Don Det que tem ligação por uma ponte à ilha de Don Khone. Numa viagem de 3h por entre campos cultivados de arroz, casas tradicionais e pasto de gado, onde era frequente ver crianças no campo a tentarem aprender as artes da terra com os seus pais. Depois de diversas paragens para deixar Falang, apanhar mercadoria, deixar mercadoria e comer qualquer coisa, lá chegamos a uma pequena aldeia onde apanhamos o barco que nos levou à ilha.

 
Em resumo foi muito divertido assistir às apresentações preparadas, em poder fazer as avaliações em grupo e perceber as motivações de determinados grupos, evidentes nas suas apresentações.

Parece não haver nenhum método de ensino que se aplique unanimemente a um grande número de pessoas, pois cada qual tem a sua individual forma de apreender o conhecimento, pelo que a tarefa de ensinar se pode tornar tão pouco gratificante quando nos deparamos com uma turma de 30 adolescentes.

O que temos nós para ensinar que enriqueça percurso destas crianças, que as torne pessoas mais conscientes e no entanto não as afaste da sua inner child?

Essa parece ser a questão mais pertinente, que tantas vezes me levou a questionar o projeto delineado para estas 3 turmas, durante as últimas semanas. No entanto, o resultado final é gratificante quando nas avaliações individuais referem sentir que aprenderam algo e que preferem um método de ensino no qual eles próprios procurem a informação que pretendem.

Foi engraçado verificar que praticamente todos os grupos mencionaram a dificuldade de trabalhar em grupo, contrapondo, no entanto, com a necessidade de o fazer, por ser mais enriquecedor.

No final o saldo é sem dúvida positivo, pois serviu também para nos conhecermos um pouco melhor e superar contrastes culturais.

Resta por agora encontrar métodos criativos, cativantes e sobretudo diversificados para a Summer School que se avizinha…

E para isso nada melhor do que VIAJAR! :D

 
                                                                                                                               15 a 18 de Junho 2013

  Ufa…, depois de muita energia investida na escola, uns merecidos dias de descanso.

   Passámos estes dias com os nossos habituais passeios de bicicleta, na companhia do Santiago ou sozinhos para relaxar e esquecer a escola por uns momentos. Visitámos o que ainda faltava ver de turístico aqui em Vientiane, o Arco do Triunfo aqui do sítio (Patuxai) e o interior do Pha That Luang.

  Aproveitámos também para ter uma conversa com a coordenadora do projecto, onde podemos expressar o que estávamos a sentir, o que para nós até agora estava a correr bem e o que estava a correr menos bem! Resultado dessa conversa foi muito bom e se antes tínhamos a intenção de partir no fim das aulas, decidimos que vamos ficar durante a summer school, ou seja, até ao fim de julho vamos estar no Laos! Depois partiremos para outros projectos no Camboja ou Tailândia.

  Mas antes da summer school temos uns dias de descanso e vamos aproveitar para conhecer um pouco mais do Laos. O destino será o sul do Laos a um local que se chama as 4000 ilhas e teremos a companhia do Santiago e da Grace.

   Ate Já…

 
                                                                                                                                4 a 14 de Junho 2013

   Com as baterias recarregadas começámos a todo o gás na escola com a parte final do projecto de inglês: as apresentações práticas dos trabalhos de grupo.

   A rotina de cada aula consistia num “tuning in” composto por jogos de descontracção, seguido da apresentação e por fim uma reflexão em círculo sobre o que tinham gostado e sobre o que podia ter sido melhor, terminando com o foguete (pela Ásia também faz sucesso!).

   Foi uma experiência intensa para nós e para as crianças. Foi notória uma maior adesão por parte dos mais novos, com fácil espontaneidade e menos vergonha ou restrições sociais em saírem da sua área de conforto. Quanto aos adolescentes, a história já foi outra! Esta marcada por mais bloqueios na fluidez dos jogos que preparávamos. No entanto, à medida que foram percebendo que não havia problema em se enganarem ou se exporem ao desconhecido foram-se libertando de amarras, permitindo-se desfrutar como crianças…

   Resultado?? As apresentações práticas foram um sucesso, tivemos alunos a fazer coisas tão diversificadas como tentar ensinar passos de ballet e hip hop aos colegas, como fazer sabões e perfume e ensinar desportos como o Lao football (Kator).

   Em jeito de resumo este projecto de inglês com as crianças foi uma aventura de aprendizagem…mais para uns do que para outros, mas certamente para nós, pois pudemos aplicar técnicas de ensino que tínhamos apreendido na Tailândia e outras que já queríamos experimentar. 
   Quanto às crianças não sei se apreenderam muito de inglês, mas puderam fazer a sua primeira apresentação oral de um trabalho bem como aprenderem a pesquisar sobre algo que lhes interessa, e acima de tudo, divertirem-se durante todo o processo!